O Sétimo Dia (Sábado) – em português

Moses-and-second-tablets-on-yom-kippur

Moisés descendo do Monte Sinai com as Segundas Tábuas da Lei, no Yom Kippur (Dia do Perdão, para os Judeus)

Tradução e adaptação do original: https://asknoah.org/essay/the-seventh-day
Tradução feita pelo diretor de https://sitebneinoachprojetonoaismo.info

PERGUNTA 1: Foi-me dito que um noaíta deve “marcar” o sábado de algum jeito. Isso está correto, e você poderia me dar exemplos de formas de marcar o sábado à maneira de um noaíta?

RESPOSTA: Se permite um noaíta, mas não se requer nem se obriga, marcar o significado do Sétimo Dia de alguma maneira. Mas não deve haver uma crença ou convicção de que ele ou ela possa, ou se lhe permita, assumir qualquer obrigação religiosa de se abster ritualmente de atividades produtivas no Sétimo Dia ou em qualquer outro dia. No entanto, deve haver um reconhecimento intelectual de que D’us lhe atribui um significado especial como o Sétimo Dia da Criação, uma vez que isso faz parte da Torá da Verdade.

Nota: Para os gentios, não há nenhum problema em simplesmente reconhecer a qualidade especial que D’us atribuiu ao Sétimo Dia. E não há nenhum problema para eles em fazer qualquer atividade normal de uma maneira mais agradável, e tendo em mente honrar o Sétimo Dia ao fazê-lo. Aqui estão alguns exemplos:

– Descansar apenas pelo próprio descanso físico e relaxamento, ou tomar um dia de folga do trabalho se o empregador permitir, ou de férias;

– Comer uma refeição muito agradável após o pôr-do-sol na sexta-feira e/ou durante o dia do sábado (que pode incluir acender velas na mesa durante qualquer desses momentos para embelezar a refeição), conforme declarado pelo rabino J. Immanuel Schochet (de abençoada memória);

– Vestir-se com roupas melhores.

Aqui estão algumas sugestões adicionais sobre as boas formas em que um noaíta pode marcar o Sétimo Dia, se assim o deseja (TODAS EXPRESSAMENTE SEM VOTO):

– Dedique algum tempo extra ou mais de qualidade para aprender os temas apropriados da Torá, certificando-se de obter traduções de uma editora judaica observadora. Sugestões de livros para aprender:

(1) a Bíblia Hebraica (os Cinco Livros de Moisés, os Profetas e os Santos Escritos);

(2) um livro que ensina sobre a devida observância do Código Noaítico; e obras de ensinamentos chassídicos da nossa lista de livros recomendados. Pode-se também ler perspectivas e insights baseadas na Torá sobre assuntos da natureza e da ciência, com o objetivo de aumentar sua apreciação da grandeza e dos milagres da Criação de D’us (mas não perca seu tempo com mitos modernos como o da evolução).

– Dedique algum tempo extra ou mais de qualidade para suas orações. (Nota: O Salmo 92 é especificamente para o Sétimo Dia, e os Salmos dos capítulos 120-150 estão especialmente designados como apropriados para recitar também nesse dia.)

– Pode-se passar um tempo extra de qualidade com a família, fortalecendo os laços de amor e fortalecendo a compreensão e o comprometimento da família com os valores noaíticos verdadeiros da Torá. (Nota: o tempo de “qualidade” em qualquer dia pressupõe que a TV estará desligada! A AskNoah apóia o movimento por casas sem TV.)

– Uma vela pode ser acesa na mesa de jantar para embelezar a refeição da sexta-feira à noite.

PERGUNTA 2: Eu sempre pensei que a observância do Dia de Shabat foi dada no Jardim do Éden, e que caberia a toda a humanidade guardá-lo, e que o mandamento de “guardar o Shabat” dado na entrega das Tábuas se refere a este tempo anterior (o do Éden). Mas, é verdade que a Lei da Torá diz que todos os gentios, incluindo os noaítas, não são ordenados ou obrigados a observar o Shabat?

RESPOSTA: Para esclarecer isso, vamos primeiro rever a história bíblica. No início do Sétimo Dia da primeira semana (ao pôr-do-sol de sexta-feira dos sete dias da criação), D’us se absteve [yishbot em hebraico] de Sua “obra” da Criação. No entanto, Adám e Havá (Eva) não receberam nenhum mandamento referente a observância do Shabat. De fato, em Gênesis 1:28 D’us disse-lhes que eles e seus descendentes devem concentrar a sua atenção em sua Missão Divina de “subjugar” a terra, o que envolve engajar-se em atividades diárias que deixam uma impressão de mestria e criatividade humanas no mundo.

Depois do Dilúvio, quando o homem Nôach, um Tsadíc (Noé, um Justo), e sua família deixaram a arca, D’us disse-lhes (Gênesis 8:22): “Enquanto a terra durar … dia e noite não cessarão [lo yishbotu em hebraico].” Esta declaração tem uma leitura tradicional alternativa, “você não deve fazer um Shabat“, conforme indicado no Talmud. De acordo com a Lei da Torá, esta é uma liminar de que abstenção ritual das atividades durante sábado não deve ser seguida por qualquer dos gentios descendentes de Noé.

Apesar do texto do Talmud que temos – que foi impresso na Europa em 1520-1523 – aparentemente se referir aos idólatras em vez de a todos os gentios, o texto original preservado no livro “Chisronos Ha’Shas” (Exclusões do Talmud) deixa claro que todos os gentios estão incluídos, incluindo os gentios piedosos ou noaítas. Essas e outras alterações textuais semelhantes tiveram de ser impressas depois que a impressão original do Talmud foi confiscada e censurada pelas autoridades católicas, as quais erroneamente não se consideravam idólatras. OBS.: Se você souber inglês, poderá ouvir uma aula em áudio aqui – https://asknoah.org/audio/talmud-tragedies

** Embora está dito em Gênesis 2:1-3 que D’us designou o Sétimo Dia como sagrado e santificado, não se esqueça do princípio básico de que D’us não limitou a Torá para estar sempre de acordo com uma ordem cronológica dos acontecimentos. Na verdade, D’us primeiro ditou o livro de Gênesis a Moisés logo após os israelitas chegarem ao Monte Sinai. A primeira vez que houve um mandamento sobre um respeito especial ao “sábado” foi quatro semanas depois dos israelitas passarem milagrosamente pelo Mar Vermelho em terra seca. Quando eles ficaram sem a matsá (pão sem fermento) que trouxeram do Egito, D’us lhes proporcionou Maná como alimento celeste. Mas nenhum Maná caiu no Sétimo Dia. Em vez disso, D’us forneceu-lhes uma porção dupla milagrosa na sexta-feira à tarde e ordenou aos israelitas que permanecessem em seu acampamento no Sétimo Dia. Moisés lhes explicou que, a partir daquele momento, exclusivamente eles estavam obrigados a observar o Sétimo Dia como um dia de descanso e um santo Shabat (Êxodo 16:23). Assim, na primeira menção do Sétimo Dia no texto de Gênesis, como foi ditada no Monte Sinai, D’us disse a Moisés para inserir a informação de que Ele tinha (duas semanas atrás) abençoado o Sétimo Dia (referindo-se à porção em dobro de Maná que caiu na sexta-feira à tarde para os israelitas), e de que Ele o tornou “sagrado” (kadosh = “separado”) quando Ele proibiu os israelitas de deixar o seu acampamento naquele dia.

Este é o tema da explicação de Rashi do Gênesis 2:3: “E [D’us] abençoou o Sétimo Dia e Ele o santificou …” [Rashi explica]: “Ele o abençoou com o maná, pois em todos os dias da semana desceu para eles [na quantidade de] um ômer por pessoa, ao passo que no sexto dia [cada um recebeu] uma porção dobrada. E Ele o santificou com o maná, para que não descesse em absoluto no Shabat. Este versículo está escrito com referência ao futuro. (Midrash Rabá Gênesis 11:2)”

Poucos dias depois, os israelitas foram instruídos diretamente por D’us no Monte Sinai a manter um dia sagrado de contenção no Sétimo Dia como um dos “Dez Mandamentos” (Êxodo 20:8-11), que começou com a limitadora declaração: “Eu sou o Eterno seu D’us, que tirou vocês da terra do Egito, da casa da servidão.” O “vocês” aqui, obviamente, aplica-se ao Povo Judeu, assim eles são o “vocês” a quem todo o conjunto de Dez Mandamentos foi dirigido. Quando os “Dez Mandamentos” foram repetidos por Moisés em Deuteronômio, foi ainda mais explícito que o mandamento da observância do Shabat no Sétimo Dia da semana foi dirigido aos judeus, pois eles haviam sido escravos no Egito: “Guarda o Dia do Shabat para “santificá-lo” [= separá-lo], como o Eterno, seu D’us, lhe ordenou. …E você deve lembrar que foi escravo na terra do Egito…” (Deuteronômio 5:12-15). (Este Mandamento Judaico serve também, a partir deste momento, como Testemunho de D’us para o resto das nações de que D’us criou os Reinos Espirituais e Físicos em sete dias.)

Depois que os Dez Mandamentos foram dados, Moisés passou várias semanas no Céu para aprender a Torá Oral de D’us. Foi-lhe dito que a restrição ordenada por D’us sobre o Shabat era de se abster das atividades de “melachá”, que é vagamente e imprecisamente traduzida em português como “trabalho”. Mas a verdadeira definição de “melachá” pode ser aprendida com os versículos do Êxodo 35:1-19. Aqui os judeus foram ordenados a fazer o Tabernáculo no deserto, com todos os seus utensílios e vestes sacerdotais, como um Templo para a Divina Presença de D’us. Mas, no início, receberam a ordem de que só deveriam trabalhar na construção do Tabernáculo durante os primeiros seis dias da semana. Para o Sétimo Dia, dia para seu Shabat, eles foram instruídos a abster-se das atividades criativas específicas requeridas para a construção do Tabernáculo e dos artigos a ele associados. A Torá Oral explica que estas somam um total de 39 atividades criativas específicas. (Os Sábios, ao longo das gerações, adicionaram mais algumas restrições até mesmo para impedir que um judeu se aproxime de executar uma dessas 39 ações proibidas.) Se ocorrer uma situação de emergência no dia do Shabat, D’us nos livre, é permitido fazer uma “melachá” proibida se necessário para a preservação da vida. Aqui estão apenas ALGUNS exemplos das restrições do sábado judaico, o Shabat:

– Um judeu não deve acender, aumentar, diminuir ou até mesmo apagar um pequeno fogo no dia do Shabat. O uso da eletricidade é proibido porque serve à mesma função que o fogo ou algumas das outras proibições, ou porque é tecnicamente considerada como “fogo”. Maimônides estabeleceu a regra de que o calor dentro de uma peça de metal aquecida é considerado fogo do ponto de vista da observância do Shabat, e isto inclui ajustar ou alternar circuitos elétricos (embora os judeus possam definir temporizadores antes do Shabat para alternar os circuitos automaticamente). Obviamente, conduzir um veículo motorizado é proibido já que isto usa eletricidade e queima combustível.

– Um judeu não deve transportar nenhum objeto em ambiente público no Shabat. Assim, mesmo que ele possa transportar móveis pesados dentro de casa ao ponto da exaustão, caso isso seja necessário no Shabat, ele não deve sair de um ambiente privado.

– Um judeu não deve cozinhar alimentos no Shabat. Assim, o alimento deve ser pré-cozido antes do início do Shabat (antes do pôr-do-sol na sexta-feira). O aquecimento de água está incluído, portanto, a água da torneira não pode ser utilizada a menos que o aquecedor de água tenha sido desligado antes do pôr-do-sol.

– Outras ações proibidas para os judeus no Shabat incluem: torcer um pano molhado, tingir, costurar, escrever, apagar, atar um nó permanente, martelar, fazer colheita ou poda, comprar ou vender, e abrir um recipiente (por exemplo, abrir uma lata de metal).

[Para enfatizar ainda mais a especialidade que D’us coloca no número sete em uma sequência que se relaciona com os judeus, considere o seguinte:
(a) D’us também ordena aos judeus que mantenham um ANO SABÁTICO uma vez a cada sete anos, nos quais se proíbe arar, semear e colher em suas propriedades na Terra Santa de Israel durante todo o ano, e se cancelam todos os empréstimos pessoais entre judeus.
(b) O sétimo mês do calendário judaico é o mais sagrado, com as observâncias de Rosh Hashaná, Yom Kipur, (e as Festas Judaicas de) Sucot, Shemini Atsêret e Simchat Torá.
(c) Moisés recebeu a Torá porque ele era o líder na sétima geração de Abraão.
(d) Davi foi escolhido para iniciar a eterna dinastia real judaica patralineal que produzirá o Messias, porque ele era o líder na sétima geração de Moisés.
(e) A Era Messiânica será estabelecida rapidamente e em nossos dias, mas o mais tardar no início do sétimo milênio da Criação (no ano 2239 da Era Comum).]

Para aprender sobre os reconhecimentos do Sétimo Dia anteriores ao Sinai, é preciso recorrer ao Midrash – do radical hebraico darash, que significa pesquisar, investigar. O Midrash, então, é uma exposição dos pessukim (versículos) da Torá, que foi extraído pelos Sábios depois de eles terem sondado as profundezas de cada passuk e todas as palavras e letras ali contidas, na busca por seu verdadeiro significado. Os Sábios registraram os ensinamentos morais da Torá, os Midrashim, como histórias, enigmas, parábolas e ditos enigmáticos. Nenhum Midrash foi registrado para contar-nos simplesmente uma história, cada um deles transmite uma profunda mensagem –, que fornece as seguintes informações:

Embora Adám e Havá (Eva) tenham cometido um erro na tarde de sexta-feira, eles foram autorizados a desfrutar da Luz Divina original da Criação durante todo o Sétimo Dia. Em louvor desta bondade de D’us, Adám compôs o Salmo 92, transmitido de geração em geração até Moisés, que o registrou (e todos os Salmos 90-100).

Abraão (que foi espiritualmente o primeiro judeu, mas ainda um noaíta sob a Lei da Torá), profeticamente sabia de todas as regras que seriam dadas ao povo judeu no futuro na Torá Escrita e na Torá Oral, bem como os futuros mandamentos rabínicos. Sobre esta base, apenas ele e sua família imediata, como precursores do povo judeu, as observaram em algum nível, seja em termos físicos práticos, ou em uma base espiritual mais abstrata. Foi assim que ele observou alguns aspectos do futuro Shabat e das festividades judaicas, que ele passou para Isaque, Jacó e suas esposas. No entanto, uma vez que eles ainda tinham o status legal de Filhos de Noé, eles não guardaram especificamente um Shabat, não o observaram 100% como faria o povo judeu após a revelação no Monte Sinai (como explicado no comentário de Nachmânides).

Moisés, como um príncipe adotivo da família do Faraó, conhecia as tradições de Abraão. Baseado nisso, ele convenceu Faraó de que logicamente os escravos hebreus trabalhariam com mais eficiência se tivessem um dia da semana para descansar (por uma questão prática, e não como uma santificação religiosa). Moisés então providenciou que o descanso deles fosse marcado no sétimo dia.

PERGUNTA 3: Um noaíta pode prosseguir seu curso regular de trabalho no sábado?

RESPOSTA: Sim. Todas as atividades da semana são permitidas a um noaíta no sábado, seja de negócios ou lazer. Se o seu empregador é flexível e permite que você tire alguns ou todos os sábados como um dos seus dias de folga semanais, tudo bem. Mas, como gentio, você não deve dizer ao seu empregador que está solicitando folga no sábado como uma obrigação religiosa (e de qualquer maneira essa não deve ser sua intenção).

PERGUNTA 4: É permitido um noaíta comprar (gastar dinheiro) e viajar no sábado?

RESPOSTA: Sim. Noaítas podem realizar todas as atividades permitidas durante a semana no sábado.

PERGUNTA 5: O quarto mandamento dos 10 mandamentos para os judeus diz que o Shabat é feito no Sétimo Dia. Como os judeus sabem que o Shabat é no sábado?

RESPOSTA: Existem várias respostas para esta pergunta. Aqui, daremos apenas duas respostas diretas:

(1, parte a) Depois que o povo judeu saiu do Egito no Êxodo, eles tiveram que viajar no deserto por 40 anos antes que D’us lhes permitisse entrar e tomar posse da Terra de Israel. Durante esses 40 anos, eles foram sustentados pelo Maná que caiu do céu em todos os dias da semana, EXCETO no dia de se fazer o Shabat (no sábado). Como os judeus tinham que observar suas restrições do Shabat todos os sábados, uma porção dobrada de Maná era milagrosamente fornecida toda sexta-feira, e nenhuma caía no sábado. Assim, a nação inteira (vários milhões de pessoas) sabia exatamente em que dia era o Shabat do sábado, conforme estabelecido por esse milagre contínuo de D’us. Além disso, a Torá Oral relata que os 10 mandamentos foram pronunciados por D’us a toda a nação em um sábado pela manhã. Isto foi incorporado ao calendário hebraico. Séculos depois, os líderes do Império Romano importaram a semana judaica de sete dias em seu calendário.

(1, parte b) Parte da observância judaica do Shabat é que uma das orações diárias da manhã é contar o número de dias até o próximo dia de fazer Shabat. No domingo, diz-se: “Hoje é o primeiro dia do Shabat”, e assim por diante, até sexta-feira, quando se diz: “Hoje é o sexto dia do Shabat”. (Em hebraico, os primeiros seis dias da semana não têm nomes, apenas números – “Primeiro dia”, “Segundo dia”, etc.) Então, desde o momento em que parou o Maná aproximadamente 3300 anos atrás, os judeus têm estado contando os dias da semana. Mesmo se algumas pessoas ou uma comunidade inteira perderam a conta em algum momento, sempre houve milhões de judeus que manteram fielmente uma contagem precisa. Essa contagem dos sete dias da semana foi incorporada ao calendário judaico e daí para o calendário romano.

(2) Entre o povo judeu sempre houve indivíduos justos especiais em todas as gerações que foram abençoados com discernimento profético e visão espiritual aprimorada. Ainda que a luz espiritual do Shabat não é conscientemente percebida pela maioria de nós, ela brilha abertamente nos reinos celestiais. Esses indivíduos proféticos sabem exatamente o momento em que se deve começar a fazer o Shabat, quando vêem que essa luz espiritual começa a brilhar. Aqui está uma ocorrência que ilustra esse ponto (conforme publicado em “L’Chaim”, nº 316, 6 de maio de 94):

Quando o Rizhiner Rebe era criança, ele estava aprendendo um tratado de Mishná com seu mestre. O mestre explicou que o assunto lidava com uma situação em que, por algum motivo, uma pessoa esquecia quando é Shabat.

“Mas como pode uma pessoa esquecê-lo?” Perguntou o garoto, totalmente surpreso com a idéia.

O mestre começou a detalhar alguns possíveis motivos: “Uma pessoa pode ter se perdido em um deserto ou floresta e ter perdido toda a noção do tempo”, explicou.

Mas seu aluno não entendia nada disso. “É absolutamente impossível esquecer”, protestou ele.

Não importava quantos exemplos fornecia o mestre; o garoto teimosamente reiterou seu protesto de que era uma impossibilidade.

Por fim, o professor perguntou: “Por que você acha esta idéia tão difícil de aceitar?”

“É muito simples. No dia de se fazer Shabat, o céu parece diferente da semana inteira; portanto, se uma pessoa não tem certeza de que dia é hoje, tudo o que precisa fazer é olhar para o céu e saberá imediatamente se é o dia de Shabat ou não.”

PERGUNTA 6: Já que D’us criou o sábado pouco depois de ter criado Adám, por que o 4° dos 10 mandamentos para os judeus (o sábado) não foi incluído nos 7 mandamentos noaicos?

RESPOSTA: Por favor, veja a resposta da pergunta 2 acima.

Aqui está outra pergunta na mesma linha: D’us criou os animais casher e não-casher inclusive antes de criar Adám e Havá (Eva). A distinção entre estes era conhecida pela humanidade desde o início já que vemos que D’us disse a Noé que levasse um número extra de animais casher para a arca. Quando deixou a arca, Noé usou alguns destes animais casher como oferendas de sacrifício a D’us. Mas D’us não deu nenhum mandamento de comer apenas animais casher até que os judeus estivessem acampados no Monte Sinai, e então Ele o deu para eles. Por quê?

A resposta geral é que D’us designou o povo judeu para se conectar a uma dimensão mais profunda da criação, dentro do mesmo mundo físico que os gentios. Isso não mudou a importante missão que Ele designou para os gentios, que é conformar as sete dimensões emocionais de seu ser aos requisitos dos sete mandamentos divinos fundamentais.

É fundamental que os gentios reconheçam seus 7 mandamentos específicos, dados através de Noé e depois através de Moisés no Monte Sinai, como sua principal obrigação para com D’us, e não 8 ou apenas 6 (conforme indicado acima, que o número 7 é amado por D’us). Considere: os outros 6 dias da semana também são sagrados (em menor grau) para os judeus. Nos 6 dias da semana, os judeus observadores se conectam com D’us por meio de suas orações obrigatórias, estudo da Torá e outros mandamentos. Os gentios também podem se elevar todos os dias observando e aprendendo sobre seus 7 mandamentos, orando, dando bênçãos a D’us antes e depois de comer, praticando atos de bondade e generosidade e observando suas obrigações morais lógicas (muitas das quais têm mandamentos judaicos correspondentes, como honrar os pais e dar caridade adequada). Esse é o sistema perfeito que D’us, em Sua infinita sabedoria, estabeleceu para toda a humanidade.


Tópicos de discussão relevantes em nosso Fórum de perguntas e respostas (em inglês):

• Relembrando o Sétimo Dia: https://asknoah.org/forum/showthread.php?tid=664

• Restrições do Shabat apenas para judeus: https://asknoah.org/forum/showthread.php?tid=145

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